Cerro Martial – uma trilha espetacular no coração do Ushuaia

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Último mirante do Cerro Martial

A nossa passagem pelo Ushuaia encerrou com uma trilha mais turística, um pouco menos puxada, mas igualmente encantadora. Vocês vão conhecer agora o Cerro Martial, que embeleza a paisagem da cidade argentina. Com 1.050m de altitude, ele está a apenas 7km do centro da cidade. Se você não estiver de carro, qualquer táxi ou remis faz este deslocamento rápido.

Em alta temporada (no inverno!), há uma estação de ski no Martial, e os turistas podem subir parte da montanha de teleférico. Como a gente foi no verão, nada de cadeirinha ou facilidade pra enfrentar a trilha. A subida foi a pé mesmo!

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O início da trilha acompanha o leito do rio.

O percurso é super-hiper-mega bem traçado. Você não vai se perder. Como meu joelho já estava aos pedaços depois de tantas aventuras, decidimos caminhar devagar para forçar o mínimo possível. Ao longo do caminho, passamos por um rio, que é a principal fonte de água do Ushuaia. Aos poucos, a paisagem vai se revelando surpreendente.

No início, você vai passar por um trecho um pouco mais plano. Mas depois, só aquele sobe, sobe, sobe interminável. Para aguentar o esforço, sempre dou a dica de caminhar devagar, mas com ritmo. Aquele famoso “um passo de cada vez”, sem parar. Assim você vai longe.

Não esqueça de sempre levar um agasalho mais quente a tiracolo (ou na mochila mesmo). Nas partes altas da cidade, bate um vento cortante! Nunca é demais estar prevenido para não virar um picolé. Outro conselho é levar água pra hidratar. Se você não está acostumado a fazer trilha, talvez sofra um pouco. Mas garanto que a recompensa lá de cima vai fazer esquecer o sofrimento.

Mesmo no verão, há trechos com neve. No topo, a montanha costuma estar sempre branquinha. Mas calma, este passeio encerra bem antes do cume. O percurso leva os visitantes até um belíssimo mirante em que é possível avistar toda a cidade! Demais!

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O mirante encerra a trilha! Lá no fundo, a cidade.

A gente foi um pouquinho mais longe. Nada proibido. Seguimos caminhando até uma enorme rocha que fica um pouco acima do mirante e estava mais vazia. Que sensação maravilhosa!

Os nossos amigos aventureiros – André e Cris – levaram os equipamentos apropriados e subiram até o cume do Martial. Mesmo com dor em todo corpo, naquela hora, até bateu um arrependimento. Mas depois que vi o quanto estava funda e fofa a neve, vi que tinha sido a melhor opção (ou ia perder de vez joelho, quadril e glúteo).

Depois de um tempo apreciando e meditando, descemos. E como todo santo ajuda na descida, voltamos rapidinho. No total, foram 3horas de caminhada, com direito a paradas para tirar foto e recuperar o fôlego.

Lembrando que o turista não precisa pagar ingresso se subir a montanha caminhando. O que já significa para nós uma boa economia – e uma experiência bem mais grandiosa.

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Amor nas alturas.

 

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