Um dos lugares imperdíveis na América Latina é, sem duvida, o Parque Provincial do Aconcágua, na província de Mendoza, no departamento Las Heras. Este paraíso das Cordilheiras fica a 165km do centro da cidade de Mendoza, pertinho da divisa com o Chile.
O Aconcágua é a montanha mais alta do Hemisfério Sul. São 6.962m de altitude. O local é muito procurado por praticantes de trekking e alpinistas. Mas o que pouca gente sabe é que você não precisa ser atleta para conhecer o lugar. Na real, qualquer um pode passear pelo parque. Há dois roteiros básicos para turistas ou iniciantes em trilhas.
A CHEGADA:
Eu e o Tomaz visitamos o parque em janeiro de 2015. Nós estávamos vindo de carro de Santiago, no Chile. Ou seja, fizemos a fantástica travessia pela estrada que corta a Cordilheira dos Andes. É uma das rodovias mais belas do mundo! O nome é CH-60, mas ela é conhecida como estrada dos Caracóis por causa das curvas constantes (e bem acentuadas). Com certeza, você já deve ter lido nos noticiários sobre caminhões “presos” nesta rodovia por causa da neve. Mas isso acontece apenas no inverno. A gente passou por lá no verão.
Se você estiver pela região, não deixe de conhecer. Há várias empresas de transporte rodoviário que oferecem o passeio por valores bem acessíveis. No centro de Mendoza, você vai ver diversas propagandas sobre as viagens.
A rodovia que atravessa a Cordilheira dos Andes.
AS TRILHAS:
O parque oferece dois roteiros que não exigem permissão prévia e nem registro: caminha ao circuito da Lagoa de Horcones (custa 20 pesos por pessoa) e o trekking até Cofluenzia (300 pesos para estrangeiros). Quem quiser subir o monte Aconcágua deve buscar informações, pois há várias regras e exigências, além de um período específico que abrange os meses de calor.
Aconcágua – ao fundo – estava encoberto.
Logo na entrada, está o Centro de Visitantes. Ali você compra o ingresso e fica livre para percorrer as trilhas básicas. A mais próxima leva a um mirante, de onde você avista o Aconcágua. Mas quando fomos, ele estava coberto por nuvens. Esta caminhada dura no máximo 30 minutos. ATENÇÃO: normalmente, a montanha é mais visível pela manhã. À tarde, nuvens costumam esconder o cerro.
A gente aproveitou para seguir pelo caminho traçado (tudo bem sinalizado). Conhecemos a Lagoa de Horcones e aproveitamos para explorar cada cantinho do parque, aproveitando daquela energia em meio às montanhas. A trilha encerrou em uma ponte, que é o limite para quem pagou apenas o ingresso básico. No total, caminhamos cerca de 3 horas pelo parque.
Muitos aventureiros estavam por lá iniciando a subida ao Aconcágua. Também vimos várias mulas pelo trajeto. Os animais levam boa parte das bagagens dos alpinistas que sobem até o Acampamento Base ou tentam conquistar o cume.
As mulas que “trabalham” no parque.
CLIMA:
A base do parque já está a cerca de 3mil metros de altitude, ou seja, não é calor. A gente estava vindo de Santiago, onde o verão estava muito rigorosos. Ao chegar lá, tive que recorrer a um casaco. O vento é gelado e cortante. No inverno, o frio é intenso!
MAIS INFORMAÇÕES:
http://www.aconcagua.mendoza.gov.ar/
A energia do lugar é incrível!
